22 de julho de 2010

Centenária cidade, avante!


Surgida como aldeia
Antes chamada Tabocas
Em época de lutas por conquistas de terras
Levadas à existência pelo apogeu do precioso cacau.

O que é hoje uma grandiosa cidade,
Amada por muitos,
Prestigiada por outros,
Foi habitada por gente de bom coração.

Que ao enxergar um futuro majestoso
Fincaram suas raízes naquele lugar
De belas paisagens,
Entrecortadas por um rio de nome Cachoeira.

Rio com pedras pretas
Que pareciam terem sido lascadas algum dia.
Pedras que apenas complementavam
A imensidão de detalhes
Da frutuosa fonte de impressões, tal natureza...

... Qual esperanças
Tangidas no povo que ali se situava.

No seio de tantas vivencias
Intercaladas entre sonhos,
Avistou-se um em comum.
Manipulador de uma determinação inda hoje restante.

O sonho de tornar imperadora
A sede de todas as experiências,
Das virtuosas conquistas d'antes alcançadas,
Vistas para o futuro que hoje já se forma...

Itabuna,
Nome contemplado
À crescente desbravadora dessa prosperidade que hoje avistamos!
Já não é vila ou pequena aldeia...

Prosperidade sempre avante!
Não há força natural
Que impeça essa centenária cidade de seguir sempre adiante.

16 de julho de 2010

Mero sofrimento


Eu vi o tempo fechar para mim.
Vi as nuvens do céu ficarem escuras,
Não vi mais o sol, grande estrela a me iluminar.

Eu senti gotas de chuva a tocarem meu rosto.
Senti de meus olhos saírem lágrimas
Que logo se confundiam
Com a água que já me deixava transfigurar.

Eu percebi que minha face não era a mesma.
Percebi uma expressão de tristeza
Que se escondia mergulhada.

Eu vivi aquele momento em total desassossego.
E vivi por não encontrar outra saída
Que me conduzisse a um novo tempo
Em que a grande estrela voltasse a me iluminar.

Mas tentei me recompor,
Engolir a seco a situação.
E não consegui.
Apenas me permiti cair em prantos.

A chuva aumentou para mim.
Me acompanhou à intensidade de meus sentimentos.
Tornou todo o meu corpo ensopado,
Me fez sentir frio.

Minha pele não podia mais ser a mesma.
Formava ondas, ficava pálida e fraca.
Não resistia à pressão dos meus agoniados movimentos
E rompia em diversas partes.

Muitas dores assombravam-me.
Faziam-me viver uma falta de paz
Que me incomodava como nada mais.

Meus olhos já não podiam se abrir.
Eu os esmagava com o apertar de minhas pálpebras.
Estava tudo muito escuro e deseperador.

Os meus dentes cerrados eram só mais uma expressão
De que algo dentro em mim era o que me angustiava.
O que viesse de fora não poderia me abalar de tal maneira.

De repente alguma coisa mudou.
Foi como se no meu interior houvesse uma manifestação
De liberdade. Meu coração bateu mais forte.
Levou sangue a circular por meu corpo mais frequente.

Eu ainda sentia imensas dores.
Mas o meu coração se demonstrou rebelde.
Rebelde em não se dobrar ao desânimo de minha vida.
Palpitou mais intensamente. E foi aos poucos me esquentando.

O frio que me congelava
E convertia minha pele escamosa
Em superfície sólida facilmente quebrável
Já não tinha poder sobre todo o meu corpo.

A chuva que caia incessantemente mais
Agora parecia se render à transformação
Que proporcionava o meu coração
À minha vida que jazia reprimida.

As expressões de minha face
Já não demonstravam mais falta de paz.
Passei a acreditar que havia uma esperança.

Deixei-me ser guiado pelas intenções do meu coração
E tive a ciência de que foi o melhor a fazer.
Afinal, eu já podia abrir os olhos
E ver a luz que tomava o meu ser.

O sol, grandiosa fonte de fogo,
Transmitia através de seus raios
A motivação para minha perseverança.
Como pode ser tão incandescente?

As nunves que o acompanhavam,
Brancas como o quê,
Traziam consigo a beleza por estarem no céu,
Que eu não parava de contemplar.

Pois agora eu digo:
Como é bom olhar para cima
E ver que tudo não passou de meros momentos.
E o céu segue azul, com livres nuvens brancas.

13 de julho de 2010

O amor transborda


O amor é como um rio
Que transborda em dia de chuva
Chuva que cai sem parar
Que emana de um mais puro olhar
E eu estou aqui às margens desse rio
Como um igapó*
Esperando uma gota desse amor
Para existir
Porque uma gota só é o que basta
Para me preencher
E a constância desse amor
É o que solidifica
Cada gota, cada expressão de vida
Eternamente, sempre mais.

igapó*. No Amazonas, igapó é uma grande poça de água que se forma às margens do rio. O processo de existência do igapó se dá através do enchimento excessivo do rio. Quando o rio transborda.

Suspiro de amor


Amor,
Meu coração bate mais forte
Quando eu sinto que não estás aqui
E num piscar de olhos vejo você ai
Estou sonhando, mas
Escuto sua voz dizer:
"Eu te amo"
E é o que basta
Para completar
O suspiro dessa poesia.

Sustento


A brisa que toca o meu rosto
Essa que antes de chegar até mim
Agitou com certa força
Folhas e galhos de inúmeras árvores
De meu país tropical,

Fez-me refletir
Sobre minha consciência.

Quão pesada estava
Devido aos afazeres
Do meu cotidiano humano.

Ah! Como o homem se desgasta...
E ocasiona a autoflagelação de sua mente.

Maravilhoso é poder cantar
Em meio às batalhas
Dum dia-a-dia que nos envolve,
E faz com que derramemos de nosso próprio suor
À terra que nos sustentam os pés.

Pés que friamente caminham
Rumo a uma constante fadiga.
Talvez até com um fim previamente avistado.
Mas, se observando o percurso delineador,
Premeditado não ser dos mais queridos.

Porém,
Tudo pode aquele que
Bravamente o Tudo procura.

E com toda a certeza
Se posiciona a fim de O encontrar.

Porque o bravamente
Não precisa necessariamente ser pesaroso...
Basta ter garra, que é força de vontade.

E a paz
Que tanto se espera,
Ou se imagina o quão bom seria possuí-la,
Torna-se mais uma constante dessa vida,
E que alimenta o homem
Com regozijos sem fim.

2 de julho de 2010

Segurança Incomum


Em meio a um universo
De sons que atordoam meus pensamentos,

Vejo duas pessoas
Figurando uma paz que poderia existir
No seio da humanidade
Que hoje se encontra em tremenda agitação.

Essas duas pessoas
Procuram em leves momentos
Atrair para dentro de si
Energias positivas.

E quem sabe até sentir
De seus poros exalarem suaves desejos...

Dentre eles,
O desejo de que os mundos se calem
Por ao menos um minuto.

Para enfim poder analisar suas vidas
Com a simpliciade que lhes convém.

Porque levar as constantes da vida
Aos mais complexos modelos de reflexão?

Minha mente voa...
Voa aos mais distantes rumos
Que conduzem à perfeição das ideias
Quando me coloco em um padrão antihumano.

Se me recuso a pensar exaustivamente
Vou de encontro à realidade dos mundos que me rodeiam.
E posso ser tido como um certo inconsequente.

Mas,
É dessa forma que me sinto seguro.

Por mais incrível pareça,
É quando me desvinculo de
Minha racionalidade natural-pesarosa,
A que me faz esforçar-me,
Que caminho mais rápido para uma paz intrínseca...

Será que sou
Um incoveniente ser
Semelhante a alguns outros,
Em busca de sentir-se bem,
Que se torna convenientemente diferente?

Será que sou diferente por conta própia
E não me dei conta até o presente momento?

Já ouvi os outros dizerem
Que ser diferente é legal...

E o que seria o ilegal?!

Prefiro não me atrever
A espreitar com minha limitada imaginação.

Mas permanecer como estou
É o que mais pretendo.
E por esse motivo
Desejo a essa pretensão a mais breve realidade.
Obrigado pela honrosa visita!
Saudações.
mss