27 de setembro de 2010

Além da mente e verdade


Na aurora de certo dia
Surgiu
Seu olhar para mim
Se abriu

Senti
O sorriso que me aplacava
No áspero viver
De conceitos formulados
- Meu sofrer

Um vento que pairava
Sobre os nossos corações
Trouxe a paz
Que eu precisava

Lágrimas desceram
No meu rosto
E me tornaram
Envolto no renovo
- De meu ser

Nosso amor aconteceu

26 de setembro de 2010

Posse do nato


Para expor
A fôrma da minha vida,
Sou de palavras
Livres

Ao vento;
Ao alento no papel
Demonstrado.
Uma força, que vem do além...

Logo ali,
O que sempre foi
Sem precisar
De mim, ou da liberdade de extravasar-me;

De expressar meus sentimentos,
Meus lamentos de viver
O que sou, ou tenho sido
Em corpo e alma retido;

Agora, aqui só
Fui tido.
Para não mais me ver parado...

Logo ali, o vento do meu alento.
Espírito em paz.
Assim fui entregue...

Livre da fôrma, da forma
De viver aprisionado no eu, estou
Ali domado.

25 de setembro de 2010

Eu de palavras


Palavras carregadas
De fortes experiências
Com o nada.

São da vida
Que formou o eu
Que vive por não ser

Esculpido por você;
Jamais levou-se a ter
Projetos abandonados no auge do poder
Seguir criando o mundo.

Este maior que meu eu


Cavalgar

Em tom de gala
Com meu ser
Que se por cor não existe
Eu faço prevalecer
A outro de nada
Superior a mim, sem a
Essência do conhecer
A simplicidade.

Intenções de fim, coagido


Busco o significado
Do que é,
Ou que não é,
Estar assim... (des) animado.

Ser da alegria
Que me estremece
Não é viver
Das respostas que me enrijecem

Alegre é
O que abriu sua porta
Para o fim ser um começo
De tudo o que já anda feliz

Por onda que foi depressa
Partindo de uma só voz
Levando convicções
A esse que se condiz

- Na liberdade de viver,
De sonhar, imaginar e fazer
Acontecer
Os pedidos do coração.

Olhos do Ser, aqui


Sou o ser
Magro da existência
Neste mundo
De formas e aparências

O singelo garoto
Das verdades explícitas
Aos olhos de quem vê
Com ampla ou curta visão

Do real por ser irreal
No intrínseco imaginário
De quem sabe;
No coerente saber.

Que é verdade,
Ou mentira,
Para a realidade
Em nossa vida?

Será mais um
Inventário do crer
A ser pago aqui?
Na terra?

Respostas no fundo,
No verso de nós.
Aonde O Tudo se fez
Sem precisar se redobrar.

23 de setembro de 2010

Fantasmas do mundo vil


Um dia mais que outro
O fazer do mundo novo
Se renova na esperança
Que surge no amanhecer

Passa o tempo
De um inesperado ouvir
Se falar em próspero porvir
Por desfalecer os ossos
Da noite que se foi

À escuridão se postulou
O corpo do lote da traição
E sujou-se de vermelho
O que veio até então

Esse futuro
De manchas já previstas
Não para se desfazer tão distante
Do que se vê

Com olhos abertos;
Pára o que se ouve apenas
Com os ouvidos do homem só...

E mais adiante
Corre o fim que já começou
Dos ares de iniquidade, maldade
Do homem que se esfacelou

Ser da vida a dissipar


A inspiração,
Que me falta como ar
Respiro fundo
E busco encontrar...

Forças para falar
As coisas que em mim se escondem
E não se fazem revelar
Não tenho e quero achar.

Faço de minha paz
Alívio a meu coração;
Refrigério à minha mente
Lotada de vãs noções

E um vento
Descendo devastador
Do alto de uma colina
Em brisa suaviza
E se dissipa ao encontrar-me aqui em vida

Vida que me permite ser
O que me diz meu interior
Que exteriorizo ao mundo, a ver,
O louco que me tornou...

22 de setembro de 2010

Sabor do tempo é teu


Há dois tempos
Meu coração saltou mais forte
No espaço que o sustenta
Para bombear a força do sobreviver
E fazer viver meu ser

Senti frio em meu interior
E um vento que me tomou
De súbito e me levou
Para longe do meu querer

Do alto de meu poder
Enxergar-me e crer
Avistei a beleza de viver
Este sonho doce de lograr:

Só abrir os olhos
E saborear
O prazer de te escutar...

Descansos do eu


Se por algum tempo
Parei meu vivo coração
Após a linha do ser e estar
Por ganhar-me em cruzadas

Da vida que muito me embala
Cortando trilhas
E entre-cortando caminhos
Da sabedoria humana

Agora vejo
Valer a pena
Co-existir no tempo do hoje
Apegado à não-composição do meu eu

Pois que de vendados olhos
Me pus em meu passado
Ao crer que fiz acontecer
'Sábias' posturas
No mundo que 'inda me cerca...

O amanhã não serve para hoje
Tal como o ontem não vivo mais;
Para quê ansiedade
Se o tudo se fez por si só?

Deixo então
Que meu eu descubra aquele
Detentor da Suprema Verdade;
Para mim servirá tanto
Quanto descansar em paz.

9 de setembro de 2010

Vinte anos e algo mais


Sons de vozes ao meu redor
Minha mente produziu
Ao sentar-me a escrever
Palavras de gratidão

Por saber que Deus me deu
Pessoas como eu
Que por grande valor
Se acharam aos olhos Seus.

E agora,
Já não escuto apenas vozes
No sentido da imaginação
Que a mim foi concedido.

Vejo em olhos brilhantes
O motivo da minha existência;
Provo a todos os que me lêem
O amor que Deus me tem.

Foi pelo sangue do Seu Filho
Que me inundou com Seu Espírito
E me fez possível viver
A alegria que só dEle vem.

...

Após sentar-me em meu quarto e buscar reportar as pessoas que fizeram, fazem, e permanecerão fazendo parte contribuitiva à minha vida, me emocionei ao perceber que da ponta do meu lápis saíam palavras que as honrariam não apenas por se fazerem presentes. Mas sim, por que a crença na amizade, como fruto do amor, e o amor, tendo como base o amor do Filho de Deus, é o que traz regozijo não somente a mim; a todos os que vivenciam o fenômeno do verdadeiro ato de amar, e por re-consequência, a universalização e abrangente socialização da vida.

Obrigado a todos vocês que estiveram comigo celebrando os meus vinte anos de idade.

Obrigado pela honrosa visita!
Saudações.
mss